Victor Albuquerque
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Nos últimos dias, o município de Cardoso tem testemunhado uma aparente tentativa de intimidação contra o presidente da Câmara Municipal, vereador Alex Mendes Borges, conhecido como Alex Becinha. Um pedido formal de investigação por quebra de decoro parlamentar, protocolado por uma advogada, surge em meio às contundentes críticas feitas pelo vereador à condução do novo concurso público e à implementação da nova taxa de iluminação pública por parte da Prefeitura.

A solicitação de apuração se fundamenta em alegadas condutas incompatíveis com a função pública. No entanto, o contexto em que ela ocorre levanta suspeitas de retaliação política, uma vez que o vereador tem sido uma das vozes mais ativas na denúncia de possíveis irregularidades na criação de novos cargos públicos no município.

Alex Becinha tem questionado publicamente a falta de transparência no processo, apontando a ausência de prioridade aos aprovados em concursos anteriores e levantando dúvidas sobre o eventual uso de cargos comissionados como instrumento de favorecimento político. Suas declarações têm sido firmes e baseadas no interesse público. “A transparência é tudo para o povo”, afirmou o vereador em recente pronunciamento.

Em um cenário onde a confiança nas instituições públicas depende cada vez mais da integridade de seus representantes, causa preocupação o fato de o presidente da Câmara ser alvo de pressões por exercer seu mandato de forma fiscalizadora e independente. Para muitos, o episódio evidencia um conflito entre o dever de representar os interesses da população e os mecanismos que tentam silenciar vozes críticas.

A sociedade cardosense tem o direito de exigir respostas claras, ações transparentes e respeito à independência dos Poderes. O que está em jogo não é apenas a reputação de um vereador, mas o princípio democrático da liberdade de atuação do Legislativo municipal.